Audiência em 10 de outubro de 2022
Esperando a canonização…

SUA EMOÇÃO
“Em Milão fui espectador de uma cena que me deixou com uma profunda tristeza na alma. Ao passar pela estação vi o vasto salão invadido por três ou quatrocentos indivíduos mal vestidos. Eram emigrantes … Parti comovido.”.“.
Na vida de G. B. Scalabrini, tantas decisões têm sua origem em um encontro. Em particular, diante do drama das pessoas forçadas a deixar seu país em busca de uma vida mais digna, ele não fica indiferente, mas se deixa tocar pela dor alheia. Seu testemunho é precioso para nós, homens e mulheres de hoje que tão facilmente corremos o risco de serem infectados pela “cultura da indiferença”.

SUA AÇÃO INCANSÁVEL
“Diante de tão lamentável estado de coisas, eu me faço constantemente a pergunta: como remediar isto?”?“
A emoção de G.B. Scalabrini não é um sentimento estéril, uma emoção por si só: ela gera nele uma ação incansável que o leva a intervir em múltiplos contextos, fazendo-se “tudo para todas as pessoas”. Em particular, Scalabrini começa a seguir as vicissitudes dos migrantes, documentando-se, estudando e conscientizando. Ele chamou bispos, sacerdotes, leigos, a Santa Sé, o governo e todas as pessoas de boa vontade para colaborar, porque “a caridade… não conhece partido algum“. Mais de um século após sua morte, seu legado ainda dá frutos e hoje existem milhares de missionários, missionárias e voluntários scalabrinianos em todo o mundo que seguem seus passos e servem aos últimos desta terra, os migrantes e refugiados.

SUA PAIXÃO POR TRANSMITIR A FÉ
“Trabalhar, trabalhar, sacrificar-se de todas as maneiras para expandir o Reino de Deus aqui em baixo e salvar almas; pôr-se, por assim dizer, “colocar se de joelhos perante o mundo para implorar, como uma graça, a permissão para lhe fazer o bem”.
Scalabrini é lembrado como um bispo pronto para oferecer os cuidados de seu cuidado pastoral em todas as situações sem medida. Ele sentiu a importância da educação religiosa, especialmente dos mais jovens: escreveu “Il Piccolo catechismo per gli asili d’infanzia” [O pequeno catecismo para jardins de infância] e em 1876 inaugurou a revista mensal Il Catechista Cattolico [O Catequista Católico]. Três anos após o início de seu episcopado, havia 4.000 novos catequistas na diocese. Da mesma forma, provocado pelas notícias que recebeu sobre as dificuldades encontradas pelos migrantes, ele sentiu a necessidade de apoiar sua fé enviando missionários como companheiros de viagem. Sua paixão ainda hoje está viva em seus missionários e missionárias, membros dos três institutos da Família Scalabriniana, assim como em muitos colaboradores.

UMA VISÃO PROFÉTICA DA EMIGRAÇÃO
“…E, mais que todos, migra o homem ora em forma coletiva, ora em forma isolada, mas sempre instrumento daquela Providência que preside e guia os destinos humanos, também através de catástrofes, para a meta, que é o aperfeiçoamento do homem, sobre a terra e a glória de Deus nos céus”.
O plano de Deus para a humanidade passa através dos acontecimentos da história, dando-lhes um sentido, uma nova direção. Olhando a realidade com os olhos da fé Scalabrini discerne esta possibilidade: mesmo a realidade da migração, com todas as convulsões que ela implica, pode se tornar espaço para a ação de Deus e a resposta do homem para se encontrar. Através da migração, que reúne diferentes povos, podemos aprender a reconhecer que todos nós pertencemos à única família humana.
Mantenha-se atualizado…
Os três Institutos Scalabrinianos organizaram eventos e iniciativas como parte do Ano Scalabriniano, que começou a 7 de Novembro para comemorar os 25 anos da beatificação de João Baptista Scalabrini. Estes eventos adquiriram agora mais significado e aparecem como momentos de preparação para a canonização. Alguns destes eventos são recordados abaixo. Outras iniciativas serão planeadas e iremos comunicá-las o mais rapidamente possível.
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Bispo, fundador de duas congregações, os Missionários e as Irmãs de São Carlos Borromeo, Scalabrini era antes de mais nada um homem apaixonado por Deus, capaz de ver o olhar de Jesus nos últimos.






